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OSVALDO VAROLI

( Brasil – São Paulo )

 

Nasceu em 21 de Abril de 1922, em São Paulo – SP.

 

CADERNO DE POESIA - 2.  Santo André, SP: Clube de Poesia de S. André, 1954.   90 p.     15,5 X 22,5 cm.         Ex. bibl. Antonio Miranda.  

       Mulher

Quando eu te amava apaixonadamente
      E por semana sem te ver passava
De procurar-te nunca me cansava
Louco de amor te procurava sempre.

E quando enfim num cabaré te achava!
E me sentava à tua mesa em frente
Tu me sorrias bêbeda e contente,
Dizendo que outro já te acompanhava.

Agora, enfim, depois de tantos anos,
Vens me contar da vida os desenganos,
De que te vale estar arrependida?

Segue teus passos, pois, não mais te quero
Hás de morrer lembrando o amor sincero
No mar das dores de Mulher Perdida.


Passageira


Se tu que vens de longe caminhando

E vens olhando assim por toda estrada
Se acaso for amor que vens buscando
Não sigas, é uma inútil caminhada

Eu quis também amar, e procurando
Confesso-te que nunca encontrei nada.
Não sigas, pois de lá venho voltando
Se fores perderás tua jornada.

Não quero te enganar ó sonhadora
Se pensas que no amor és professora
Se acaso tu não crê, irei contigo,

Mas tudo o que encontrei foi falsidade
E tu se vens buscar felicidade
Unâmo-nos aqui. Volta comigo.

 

       Envelhecer

Envelhecer, ó como é triste e doloroso,
Abandonar assim o vale da existência,
Das mocidade que nos deixa tão saudoso,
Sentir aos poucos ir morrendo toda a essência.

Envelhecer, seguir assim, cheio de gozo,
Com quem nos guie e nos tolere a impertinência.
É para nós como um passeio esperançoso,
Como ditosa volata  à mais pura inocência.

Mas eu não posso como os outros que envelhecem,
Cheios de amor, como a viver na eterna plaga.
Pois os que vivem sem amor não a merecem.

E disfarçando assim as dores neste abismo
Eu vou mentindo sempre a todos que isto é praga
Hereditária do meu nome de batismo.

 

Verso

Quando essa força estranha de compor,
No seu assédio corrosivo e langue,
Vem, na saudade, tédio, mágoa ou dor,
Arranca sempre d´alma, — um verso em sangue!...

Não sabe o leigo, em quem a rima trama,
Sempre por dentro a dor lhe vai minando,
E vindo a sílaba em cristal, derrama,
O extrato d´arte de sofrer cantando...

Por isso o homem de sentido pobre,
Que não abarca a doce poesia,
Relega o vate a um plano que descobre
Na sua bronca ideia, crua, e fria...

Um verso sempre quando lê, censura,
Às vezes de maneira ilícita, acre, mas,
Não sabe que do verso a contextura
É fibra viva urdida em sangue e lágrimas...        


*

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Página publicada em novembro de 2022

 

 


 

 

 
 
 
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